Top 5 animais das ilhas Galápagos
As ilhas Galápagos poderiam ser descritas como um mundo perdido de alguma obra de ficção científica, com espécies de animais nunca vistas em nenhum outro lugar do mundo, natureza muitas vezes inóspita, porém, de beleza espetacular. Vamos conhecer um pouco mais esse paraíso quase perdido? Continue a leitura e divirta-se conhecendo o Top 5 de animais das ilhas Galápagos!
O arquipélago das ilhas Galápagos
O arquipélago de Galápagos é um conjunto de mais de 50 ilhas de origem vulcânica, situado no Oceano Pacífico, a cerca de mil quilômetros da costa do Equador. Dessas mais de 50 ilhas, existem 4 principais: Santa Cruz, San Cristóbal, Isabela e Floreana e são nestas ilhas que estão espalhadas os cerca de 28 mil habitantes humanos do arquipélago.
Proteção
Em 1978 o arquipélago das ilhas Galápagos foi declarado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e desde 1984 está listado como Reserva da Biosfera, rede mundial coordenada pela UNESCO e seu nome oficial é Arquipélago de Cólon.
As ilhas Galápagos ficaram mundialmente famosas por causa da pesquisa de Charles Darwin, que em novembro de 1859 publicou a aclamada obra científica “A Origem das Espécies”, teoria influenciada em muito pelo que estudou nas ilhas, principalmente os animais de Galápagos.
Animais de Galápagos – Top 5 espécies exóticas
Vamos agora conhecer uma lista de 5 animais de Galápagos, alguns endêmicos e existentes apenas neste território. Vamos lá?
Patola-de-pés-azuis (Sula nebouxii)
Os patolas-de-pés-azuis são aves marinhas da família dos atobás, medem cerca de 90 centímetros de altura, sendo as fêmeas ligeiramente maiores que os machos, e apresentam uma envergadura que pode chegar a um metro e meio. O patola-de-pés-azuis pode ser encontrado em outras regiões do Oceano Pacífico e do Oceano Índico, além das Galápagos: o Golfo da Califórnia, costas ocidentais da América Central, América do Sul e Peru.
Uma das características mais marcantes deste simpático exemplar dos animais de Galápagos, conhecida como Patola-de-pés-azuis, são seus pés azuis, que deram origem ao seu nome. Os machos utilizam esses pés para atrair as fêmeas durante o período de acasalamento, sendo que quanto mais azuis forem os pés, mais atraente é o macho. Além disso, eles também são famosos por realizar uma dança encantadora para atrair as fêmeas.Fofinhos, não?!
Alimentação
O Patola-de-pés-azuis se alimentam de peixes pequenos, como anchovas, sardinhas, peixes-voadores e cavalas. Eles sobrevoam o mar em busca desses cardumes e, ao encontrá-los, recolhem suas asas e mergulham de alturas de mais de 20 metros. São excelentes mergulhadores e muito fofinhos, não acham?
No arquipélago das ilhas Galápagos, essas aves são consideradas espécies protegidas. Cerca da metade da população mundial dessa espécie faz seus ninhos nas ilhas Galápagos. Este lugar é conhecido por abrigar diversas espécies de animais e aves únicas, tornando-se um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza.
No entanto, é importante ressaltar que as ilhas Galápagos também enfrentam desafios causados por espécies invasoras, que podem ameaçar a sobrevivência das espécies nativas. Por isso, é fundamental a preservação dessas ilhas e a conscientização sobre a importância de proteger a natureza e os animais de Galápagos.
Tartaruga-gigante-de-galápagos (Chelonoidis nigra)
A tartaruga-das-galápagos, ou tartaruga-gigante-de-galápagos, é endêmica de Galápagos, ou seja, é um dos animais de Galápagos nativos das ilhas e existe apenas lá.
São cerca de 13 subespécies destas tartarugas gigantes, uma delas, inclusive, havia sido considerada extinta há mais de 100 anos, porém, em 2019 foi localizada um indivíduo em uma das ilhas do arquipélago. Mais recentemente, em 2022, foi confirmada sua espécie e ela foi batizada por Fernanda (em homenagem à ilha em que foi encontrada, Ilha Fernandina, no arquipélago de Galápagos).
A tartaruga-gigante-de-galápagos é considerada como o 10º réptil mais pesado do mundo, e pode chegar a pesar mais de 400 quilos. Dentre todos os tipos de tartarugas terrestres vivas, elas são a maior espécie. Considerada também uma das espécies mais longevas, sua expectativa de vida pode chegar a duzentos anos. Infelizmente, são uma das muitas espécies consideradas vulneráveis à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
São animais herbívoros, e um fato interessantíssimo sobre elas é que, como adquirem a maior parte de sua umidade do orvalho e da seiva de sua alimentação, elas conseguem ficar até seis meses sem água e a até um ano sem nada de água ou comida, sobrevivendo apenas de sua gordura corporal.
Curiosidade
Outra curiosidade a respeito das tartarugas: o nome “Galápagos” origina-se de uma palavra em espanhol (galápago) que significa sela, fazendo uma analogia aos cascos das tartarugas gigantes das ilhas.
Caranguejo Aratu-vermelho (Grapsus grapsus)
O Aratu-vermelho é um gênero de caranguejo da família Grapsidae. Amplamente encontrado ao longo da costa do Pacífico do México, América Central e Sul, e ilhas Galápagos. Seus habitats preferidos são litoral e praias rochosas, e costuma ficar escondido nas fendas das rochas quando não está se alimentando ou à noite. Os indivíduos adultos desta espécie apresentam um padrão variado de cores e detalhes na carapaça e olhos azuis ou verdes, mas a maioria dos que habitam as ilhas têm pernas e garras na cor vermelha, barriga azul e costas alaranjadas.
Eles alimentam-se de algas, esponjas marinhas, outros pequenos crustáceos e pequenos peixes. Não são muito grandes, quando adultos, podem chegar a 8 centímetros de LC (largura de carapaça). Sua expectativa de vida é de 10 anos e não se tem, até o momento, dados sobre seu estado de conservação na natureza.
Os aratus-vermelhos são bem “amigos” das iguanas marinhas de Galápagos: são conhecidos por remover ectoparasitas do corpo de suas vizinhas. Fofinho, não é mesmo? ♥
Falcão-das-galápagos (Buteo galapagoensis)
Também conhecida como bútio-das-galápagos, é uma ave de rapina diurna, nativa das ilhas Galápagos e vive exclusivamente ali. Quando adultos, normalmente são de cor preta acastanhada, parecendo fuligem, com manchas marrom pálido ou amareladas, e base junto ao corpo branca. Podem chegar a medir 55 centímetros de altura e a uma envergadura de 120 centímetros. É um dos falcões mais velozes do mundo!
Exímio caçador de visão apurada, voo de alta velocidade, garras poderosas e um bico ameaçador, ele alimenta-se de pequenos invertebrados, lagartos, cobras e roedores. É um predador diurno bastante ativo e barulhento. Às vezes, caçam em grupos de 2 ou 3 indivíduos e sobem a quase 200 metros do chão.
Iguana-terrestre-das-galápagos (Conolophus subcristatus)
Esta iguana é mais um representante da fauna de Galápagos: é endêmica do arquipélago e vive exclusivamente nele. De hábitos diurnos, vive em vegetação de áreas vulcânicas, matagais secos, florestas decíduas e pastagens secas. Quando não estão ativasm se escondem em fendas nas rochas, em tocas na terra ou embaixo de vegetação densas. Existem alguns exemplares que gostam de escalar arbustos e árvores, tanto para se alimentar quanto para tirar uma soneca.
E por falar em alimentação, elas comem quase tudo, inclusive, sua própria pele! Das folhas de árvores, gramíneas e cactos que comem, elas obtêm água e o resto que precisam vem dos gafanhotos, grilos, caranguejos e carniça. Sim, a própria pele e carniça! Dá para perceber que nossa amiguinha não tem um paladar muito exigente, não é mesmo?
Sua expectativa de vida é em média 70 anos, e são predadas normalmente por animais introduzidos no arquipélago, como porcos, cães e gatos, mas também servem de alimento para espécies nativas como falcões e cobras. Está classificada como espécie vulnerável à extinção e sua população está estimada em no máximo 10 mil indivíduos.
Curiosidade sobre a iguana-terrestre-das-galápagos: a fêmea desta espécie é capaz de percorrer até 40 quilômetros à procura de um local adequado para nidificação (fazer seu ninho e colocar seus ovos).
“Como seus irmãos do mar, eles são animais feios, de um laranja amarelado por baixo e de uma cor vermelha acastanhada por cima: de seu baixo ângulo facial, eles têm uma aparência singularmente estúpida.”
Charles Darwin , 1835.
Bom, como diz o ditado, ‘gosto não se discute’. Há quem as ache feias, como Darwin, e há quem as ache exoticamente belas. E você, o que acha? Deixe nos comentários, no final deste artigo
Big five
Os “big five” da África e os “big 15” de Galápagos representam duas listas icônicas de animais que atraem visitantes do mundo todo para vivenciar experiências únicas de observação da vida selvagem. Os “big five”, termo que se originou entre os caçadores para se referir aos cinco animais mais dificilmente caçados na África – o leão, o rinoceronte, o elefante, o leopardo e o búfalo – agora se tornaram os queridinhos dos turistas em safáris fotográficos.
Big 15
Já os “big 15” referem-se a 15 animais de Galápagos, principalmente aves, que são facilmente vistos nas ilhas Galápagos. Entre esses, a iguana marinha, única espécie de iguana que se alimenta no mar; o pinguim de Galápagos, o único pinguim que vive no equador; e a tartaruga gigante de Galápagos são algumas das espécies endêmicas mais famosas.
A comparação entre as duas listas revela não apenas a diversidade biológica única de cada lugar, mas também os desafios de conservação que cada um enfrenta. Na África, a perda de habitat e a caça furtiva são ameaças significativas para os “big five”, enquanto nas ilhas Galápagos, as mudanças climáticas ameaçam as espécies endêmicas. Por exemplo, a Ilha Fernandina, a Ilha Isabela e a Ilha Santa Cruz abrigam lobos marinhos e leões marinhos que são ameaçados por espécies invasoras que perturbam a cadeia alimentar.
Por outro lado, em Santa Fé e São Cristovão, a experiência de viagem é marcada pela rica biodiversidade marinha do Parque Nacional de Galápagos. Tanto a África quanto Galápagos oferecem experiências incomparáveis, servindo como um lembrete da biodiversidade extraordinária do nosso planeta e da necessidade urgente de proteger essas espécies e seus habitats.
Conclusão
Aqui conhecemos somente 5 representantes dos animais de Galápagos, há ainda muitos outras espécies pertencentes a magnífica fauna dessas ilhas para conhecer. E conhecendo, reforçamos ainda mais a importância de preservarmos a natureza e tudo que faz parte dela. Os habitantes deste esplêndido arquipélago aprenderam a coexistir harmoniosamente com sua fauna e flora e mantém-se empenhados em gerenciar de modo participativo e a viver de forma sustentável utilizando seus recursos, como pesca, pecuária, recreação e turismo, atividade que recebe mais de 200 mil visitantes por ano. Conhecer para preservar, este é o segredo!