Rã flecha-dourada – O vertebrado mais venenoso do mundo
A rã-flecha-dourada é o vertebrado mais venenoso do mundo, das rãs venenosas ela é a principal, conhecida por ser um dos animais mais tóxicos do planeta, com 1.900 microgramas de veneno em uma única rãzinha.
Neste artigo, iremos ajudá-lo a conhecer os anfíbios mais venenosos do planeta, então continue com a leitura para se surpreender. Você não vai se decepcionar e sim ficar de queixo caído.
Aparência física
As rãs-flecha-dourada vêm em um arco-íris de tons que cobrem todo o corpo, variando de verde menta, amarelo, laranja e ocasionalmente branco. A cor mais comum é amarelo ou amarelo intenso, o que lhes dá o nome comum. A espécie de rã mais tóxica é a Phyllobates Terribilis que, ao contrário da maioria dos outros membros da família Dendrobatidae, tem uma coloração corporal uniforme em vez de manchas e listras escuras.
A estranha protuberância de seus lábios é uma maneira óbvia de reconhecer essas rãs. Isso dá a impressão de que elas são banguelas, em vez disso, possuem uma placa óssea adicional em sua mandíbula que se projeta para fora e imita os dentes. Cada um dos pés dessas rãs têm três dedos, com o seu comprimento sendo quase idêntico, porém, o dedo do meio é mais longo que os outros dois. As fêmeas geralmente são maiores que os machos quando adultas e podem atingir 50 a 55 mm de comprimento, enquanto os machos têm em média 47 mm.
Habitat
As planícies das selvas amazônicas ao longo da costa do Pacífico da Colômbia são o lar das rãs-flecha-dourada. Esta é uma área muito úmida com até 5 metros de chuva por ano com o mínimo de 1,25 metros. Sua localização é caracterizada por uma topografia montanhosa com alturas que variam de 100 a 200 metros, trechos de cascalho úmido, poucas mudas e mínimo desperdício de folhas. Estes são animais terrestres que vivem no solo da floresta, mas seus filhotes dependem da água doce.
Reprodução
Os machos e fêmeas de Phyllobates Terribilis, o vertebrado mais venenoso do mundo, não são monogâmicos, possuem vários companheiros. Apenas alguns casos de cortejo e postura de ovos foram documentados em cativeiro, onde dois ou mais rãs machos e uma fêmea foram usados em cada reprodução.
Os machos usam uma variedade de gritos agudos para atrair as fêmeas. O acasalamento pode ser descrito como um frenesi furioso no qual os indivíduos correm enquanto depositam os ovos. Como o movimento é tão rápido e ocorre sob a cobertura de plantas, é difícil ver. As rãs-flecha-dourada, como todas as rãs, passam por uma metamorfose completa onde pequenas ninhadas com menos de 20 ovos são produzidas e transportadas pelos machos para pequenas poças de água, onde amadurecem e se transformam em rãs.
Expectativa de vida
Essas rãs, provavelmente, sobrevivem até 5 anos na natureza e possuem poucos predadores devido aos seus altos níveis de toxicidade, contribuindo para uma vida, digamos, prolongada.
Como elas só foram estudadas em cativeiro, onde viveram até 5 anos, sua expectativa de vida na natureza não foi estabelecida.
Hábitos alimentares
Insetívoros, essas rãs venenosas se alimentam principalmente de espécies de formigas e também comem cupins e besouros, que são pequenos invertebrados. Para capturar suas presas, elas usam suas línguas longas e pegajosas, caçando e atacando as vítimas em um movimento rápido, tanto que a mecânica deste movimento é difícil de ver até a olho nu. Sua língua adesiva auxilia na captura da presa.
Hábitos de predadores
As rãs-flecha-dourada são mais conhecidas por seu veneno extremamente potente. Elas liberam toxinas que são vinte vezes mais fortes do que qualquer outra toxina de sapo, rã ou perereca venenosa. Os predadores são avisados de sua grave toxicidade por seus corpos brilhantemente coloridos, que é a principal defesa anti-predador da rã.
As toxinas são substâncias químicas que são moduladores de canais de sódio dependentes da voltagem particularmente poderosos, canais dos quais são mantidos abertos e despolarizam irreversivelmente as células nervosas e musculares. Arritmias, fibrilação e, eventualmente, colapso cardíaco podem resultar dessa ação prejudicial. Quando essas toxinas são transferidas erroneamente para a pele do rosto humano, elas podem criar uma sensação de queimação que dura várias horas.
Importância econômica positiva
Sendo as rãs mais tóxicas existentes, indígenas de tribos colombianas envenenam seus dardos de zarabatana com o veneno liberado da pele dessas rãs. As costas das rãs são limpas depois que os dardos são aquecidos no fogo, já o calor permite que o veneno nas costas umedeça, tornando-o facilmente acessível.
Dardos envenenados podem matar por até dois anos, sendo assim essas tribos podem pegar pequenos animais para sustento, graças ao veneno. Capturadas, criadas e vendidas como animais de estimação, infelizmente essas rãs também estão sendo torturadas de outras maneiras e isso se deve à diminuição da toxicidade após terem sido confinados em cativeiro por algum tempo. Estudos médicos também estão sendo conduzidos para investigar se essas toxinas podem ser transformadas em relaxantes musculares, anestésicos ou estimulantes cardíacos. É possível que possa até superar a morfina. Poderosa mesmo!
Gostou de conhecer o vertebrado mais venenoso do mundo? Tão pequenina e tão impressionante, não é mesmo?
O veneno produzido por essa espécie é que dá origem ao tão famoso curare.
Olá, Anarildo, tudo bem?
O curare não é feito à partir da mistura das folhas das plantas Strychnos e Chondodentron?
Vou pesquisar mais sobre o assunto e obrigada pelo comentário! 🙂