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Cientistas revelaram por que cães e gatos peludos gostam de ser acariciados – e tudo tem a ver com os neurônios

Os gatos, sendo animais peludos, sempre pedem aos seus humanos que os acaricie afetuosamente e eles ficam super satisfeitos quando seus tutores fazem isso. Porém, eles ficarão muito mal-humorados se o seu pedido de carinho não for atendido. Mas por que eles gostam tanto de ser acariciados? Bem, cientistas dos Estados Unidos finalmente encontraram a resposta!

Animais peludos

Foi registrado que os animais peludos entre os grandes táxons (ramo da biologia), acariciam seus conspecíficos (indivíduo pertencente da mesma espécie) como parte da escovação. Essa é a maneira deles de demonstrar afeto e, acariciar também é uma forma de reconhecer parentesco, como nos leões por exemplo, onde os pais acariciam os filhotes com as patas ou a cabeça. Até os macacos e os chimpanzés passam o tempo acariciando seus companheiros! Mas o que será que desencadeia esse comportamento em mamíferos peludos? Por que eles gostam de ser acariciados por seus coespecíficos e tutores?

Em um estudo de pesquisa de 2013, um grupo de cinco cientistas de diferentes institutos conceituados se reuniram para descobrir esse comportamento fascinante e afetuoso dos gatos e outros mamíferos peludos.

A equipe de pesquisa incluiu Sophia Vrontou e Allan M. Wong (da Division of Biology 156-29, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, na Califórnia), Kristofer K. Rau (do Department of Anatomical Sciences and Neurobiology, da Universidade de Louisville, em Louisville, no Kentucky), H. Richard Koerber (do Department of Neurobiology, da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia), e David J. Anderson (do The Howard Hughes Medical Institute, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, na Califórnia, nos Estados Unidos).

O artigo de pesquisa foi publicado online na revista semanal internacional Nature, volume 493, em 30 de janeiro de 2013. A revista, que tem quase 150 anos, atende os cientistas com suas publicações semanais de avanços significativos em qualquer ramo científico.

A revista Nature começou sua jornada de publicação em novembro de 1869. Desde então, lançou inúmeros prêmios e bolsas renomadas para pesquisadores, incluindo o Spinoff Prize, o John Maddox Prize, o Global Grants for Gut Health etc. A revista Nature atende estudantes, cientistas e o público em geral com notícias e artigos de pesquisa originais e detalhados.

Em 2012, uma equipe de cinco especialistas na área de Neurologia se uniu ao Instituto de Tecnologia da Califórnia. Todos os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir a ciência por trás do motivo pelo qual os mamíferos peludos, como gatos e alguns cães, gostam tanto de ser acariciados.

Para os experimentos, a equipe de pesquisa usou ratos peludos e os gatos “Vivo”. Os pesquisadores prepararam três salas no laboratório com condições diferentes. Depois de vários experimentos, a equipe finalmente descobriu um grupo raro de neurônios sensoriais que respondem a carícias e cafunés.

Nos laboratórios do Dr. David J. Anderson, a equipe de pesquisa também testou os efeitos de outros tipos de toque nos neurônios sensoriais, como cutucar ou beliscar. Os pesquisadores estudaram as redes dos nervos sob a pele dos ratinhos para detectar quais deles respondem a carícias e quais respondem a outros tipos de toque, como as cutucadas ou beliscões.

Para estudar a resposta neurológica, o Dr. David J. Anderson e seus colegas cutucaram, beliscaram e acariciaram as patinhas traseiras dos ratinhos. Usando uma técnica de microscopia (calcium imaging) em ratos vivos, a equipe de pesquisa registrou diferentes respostas neurológicas. Isso levou os pesquisadores a descobrir uma pequena, mas rara, população de neurônios sensoriais sob a pele cabeluda dos mamíferos.

Quando a equipe de pesquisa acariciou as patinhas traseiras dos ratos, eles viram um grupo de neurônios acender. Mas quando cutucaram ou beliscaram os ratos, eles observaram outro grupo de neurônios se iluminando. Sendo assim, esses diferentes grupos de neurônios motivaram os pesquisadores a saber mais sobre eles.

Para estudar ainda mais os neurônios recém-descobertos, os pesquisadores organizaram novos experimentos. A equipe de pesquisa preparou três cômodos e introduziu os ratos a cada um deles, um por um. Na primeira sala, o ratinho recebeu uma droga que estimulou seus neurônios da carícia e, no segundo e terceiro dia, o rato foi apresentado a duas outras salas onde a solução salina lhe foi dada, porém, isso não teve efeito sobre a estimulação dos neurônios do cafuné nos ratinhos. 

Após vários dias de testes alternativos, a equipe de pesquisa deixou o rato escolher uma sala, deixando todas as portas abertas. O ratinho, sem qualquer hesitação, escolheu a primeira sala com a droga que estimula os neurônios da carícia.

No final, o Dr. Anderson e seus colegas descobriram que esses neurônios em mamíferos peludos são programados para produzir uma sensação de prazer que é induzida por qualquer estímulo externo. Acariciar gatos, cães e outros mamíferos peludos é positivamente recompensador para eles, pois acham super agradável e gostoso quando isso acontece.

Graças ao Dr. David J. Anderson, Sophia Vrontou, Allan M. Wong, Kristofer K. Rau, e H. Richard Koerber, agora sabemos por que os cães e gatos peludos gostam tanto de ser acariciados. Então, não se esqueça de fazer um cafuné bem gostoso nos seus companheirinhos peludos, já que agora você sabe que pode estimular os neurônios sensoriais e fazer seus pets se sentirem ainda mais felizes.